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15.5.16




Eu dissemino
Tu disse: "Minas!"
E aonde nós vamos
Disseminamos



1.2.16



Um erro muito comum é achar que quem pensa diferente de você, por si só, é burra, e o o oposto também: acreditar que estar ao seu lado ideologicamente é atestado de Q.I. Ora, o que mais tem por aí é gente reproduzindo o pensamento mainstream para parecer cool, incapaz de pensar com os próprios miolos.

Este PREÊMBULO pra dizer que, sim: existe vida inteligente na direita. E bem intencionada, também. Mas o que fica difícil, praticamente impossível, é defender quem defende Bolsonaro. Aí já é forçar a amizade. Por quê? Bolsonaro não apresenta (tampouco representa) ideias. Toda sua conduta, sua persona política gira em torno de performances. Basta pegar como parâmetro sua (não) atuação parlamentar. O homem tem mais anos de mandato do que eu de idade (cof! cof!) e ainda assim não aprova nada! (Pensando bem, ainda bem, né?)

Assim, quem gosta de Bolsonaro não está interessado em ideias, pois não as tem. Apenas se deixam seduzir por suas bravatas preconceituosas e baseadas, infelizmente, no senso comum. Sim, porque não é de se admirar que, num país onde há tantos programas policiais sensacionalistas bem sucedidos, com apresentadores que copiam mutuamente as performances e "argumentos" rasos e que ferem os direitos humanos, alguém como Bolsonaro atraia seguidores. E, nessa terra de ninguém que é a web, é natural - mais uma vez, infelizmente - que sua fama seja catapultada. A internet, para o bem e para o mal, é indomável.

Pois Bolsonaro é isso. Alguém com vocação para Datena e que, por acidente, trilhou outro caminho, mais perigoso: a política. E ele não está sozinho. Ele representa - sim - boa parte da população.



6.8.15



Os agradecimentos em geral são uma parte chata e dispensável dos livros, tanto que geralmente os pulo. Mas há suas exceções:


"Sou extremamente grato a todos que contribuíram para que este livro chegasse até suas mãos: meus editores no Brasil, os fabricantes de papel, as gráficas, os motoristas de caminhão, os livreiros... e, é claro, as muitas árvores que deram tudo de si.

Agradeço a todos os escritores, poetas e dramaturgos que nos proporcionaram estas obras de literatura. Muitos sacrificaram liberdade pessoal, bem-estar econômico, sanidade, relacionamentos, fígado e vida para iluminar a condição humana."



25.4.15




Só diga que quer dar tchau quando quiser.

A cidade não quer ser sua mulher.




14.1.15

O Pasquim era foda



Ziraldo vai à casa de Wolinski conversar com ele e o chama de burguês - ofensa equivalente a chamar de filho da puta em 1975 - e este o alfineta de volta. Isso que era entrevista, hoje só tem armazém de secos e molhados.



Ziraldo: Você é essencialmente um desenhista de contestação. Como é que você concilia isso com sua vida extremamente burguesa que eu percebo aqui em sua casa? A ideia que eu tinha de você é que você era um malucão, entende? Um cara largadão. Sim, porque vocês fazem um humor violentíssimo. Não deixam pedra sobre pedra.

Wolinski: Não é verdade. Possivelmente você não lê sempre e com profundidade o Charlie Hebdo.

Ziraldo: Vai falando que eu estou ouvindo. Vai ver, o negócio é mais ou menos por aí mesmo. Ou será que não é?

http://www.memoriaviva.com.br/arquivos/pasquim298_wolinski_marco1975.pdf