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29.12.06

Riolência

De ontem pra hoje o Rio vem sofrendo com ataques de bandidos e contra-ataques da polícia. Ônibus incendiados e policiais metralhados não são novidade. Ano passado aconteceu do mesmíssimo jeito em São Paulo, com o PCC. O fato novo é a revelação da existência das tais milícias, que eu ignorava por completo. Foi preciso morrer gente queimada pra eu saber que elas existiam.

Não sei se vocês estão acompanhando o noticiário, mas uma das possíveis causas dessa onda de violência é uma reação, por parte de traficantes, contra milícias formadas por policiais, ex-policiais, seguranças particulares e valentões em geral, que perderam a fé no aparato de segurança estatal e começaram a fazer justiça com as próprias mãos. Vi uma entrevista com um especialista em segurança da UFF (Universidade Federal Fluminense) que falou que os tais milicianos já botaram os traficantes pra correr de 15% das favelas cariocas.

E como elas agem? Pelo pouco que vi, elas substituem a “rede de proteção” dos traficantes por outra, igualmente violenta, aplicando leis próprias. Ao que consta, não só banem o tráfico da comunidade como reprimem veementemente o consumo de drogas. Mas se as milícias tão fora do esquema do tráfico, como elas se mantêm? Extorsão. Alguém mais pensou nas organizações paramilitares que combatem as Farc na Colômbia? Se restava alguma dúvida, não resta mais: a guerra (civil) é aqui.


Apesar de medidas como o estatuto do desarmamento, parece que nada contém o avanço da violência nas grandes cidades. A cada eleição a segurança pública tem mais peso na decisão do eleitor. E quanto mais soluções os políticos ensaiam (contratação de policiais parece ser a mais comum), mais a insegurança aumenta. Mas qual seria a solução? E será que existe uma?

Dizer que é um problema social, que os criminosos de hoje são vítimas das desigualdades e agora as classes abastadas estão pagando o preço, é chover no molhado. Ótimo. Invistamos em educação e proteção social. Mas as pessoas estão morrendo agora e o povo tem pressa de (sobre)viver. Então, o que fazer a curto prazo?

Tolerância zero? Ora, a tolerância zero brasileira é de fazer inveja a qualquer Nova York. Veja quantos “bandidos” a polícia sai matando por aí. Não deixa de ser curioso que, ao lado do crescimento da violência, também aumenta a popularidade de bandeiras tradicionais da direita, com destaque para a redução da maioridade penal e a pena de morte. Na prática, a pena de morte é praticada pelos “hômi” a torto e direito. E o povo geralmente aplaude – não sem depois pedir perdão a Deus por pensar assim, na missa dominical...

E essas execuções e chacinas atingem não só os criminosos. Acaba sofrendo pra muito civil que nada tem a ver com a parada. As carnificinas não só não resolvem nada, como geram desconfiança e ódio da polícia. É uma tolerância zero à esquerda.

E agora essas milícias pra fechar o caixão.

26.12.06

O físico americano Costas Efthimiou acaba de concluir: vampiros não podem existir. Ele calculou que, se o conde Drácula mordesse uma pessoa por mês a partir de 1600, e suas vítimas fossem mordendo mais gente nesse mesmo ritmo, todo mundo seria vampiro hoje.

24.12.06

O direito de copiar

Braulio Tavares

Antigamente (e bota antigamente nisso) amigos meus viviam de gravar fitas cassetes. Hoje a fita cassete marcha para o Museu das Tecnologias Obsoletas, indo juntar-se ao stêncil, à máquina thermofax e à fotografia lambe-lambe. Mas naquele tempo quem tinha uma boa discoteca e um bom gravador produzia fitas caseiras. “Me arranja uma fita só com Joan Baez cantando Bob Dylan”, dizíamos, e o cara passava uma tarde procurando os LPs e copiando as faixas de uma em uma. Pedíamos uma fita com músicas de amor para dar no aniversário da namorada. Ou uma fita só com forrós para um arrasta-pé no sítio de Fulano. Ou uma fita reunindo todos os compactos de Chico Buarque.
Pasmem, mas a indústria musical perseguiu de arma em punho essa industriazinha de fundo-de-quintal. Um artigo recente de Joey deVilla lembra os anúncios que saíram nas páginas das revistas de música: “Fitas Domésticas Estão Matando a Música – E São Ilegais”, e o logotipo de um cassete imitando uma caveira retangular, com dois ossos cruzados embaixo. Não era só a fita de música, era também a cópia VHS de filmes. O notório executivo Jack Valenti disse uma vez: “O gravador de video-cassete está para o produtor de cinema dos EUA e o público de cinema dos EUA assim como o estrangulador de Boston estava para as donas-de-casa que passavam o dia sozinhas”.
Hoje tudo se repete com o MP3, o CD digital, os saites de troca de música pela Internet. Existe uma batalha jurídica das mais ferozes tentando impedir um fato consumado. Eu me lembro de um velho princípio que tinha nos manuais marxistas do meu tempo de estudante: “Quando os meios de produção evoluem, as relações de produção devem evoluir em paralelo com eles, acompanhando-os. Se não o fizerem, serão atropeladas por eles”. Como esse pessoal tem com Marx a mesma relação que os vampiros têm com a cruz, nunca assimilaram uma verdade tão evidente e que independe de ideologia..
A indústria procura a eficiência máxima, e assim surgiram as tecnologias digitais. Acontece que a indústria é toda segmentada. O pessoal que trabalha no setor de inovações tecnológicas não dá palpite no setor de exploração econômica, e vice-versa. Quando este setor veio perceber que as tecnologias digitais transformavam cada freguês consumidor numa industriazinha de quarto-dos-fundos, num concorrente em potencial, já era tarde. O bloco estava na rua. A corda de caranguejos tinha sido desamarrada, e não havia quem conseguisse tangê-los de volta. E a indústria, em vez de se adaptar aos novos tempos que criou sem querer, declara guerra aos próprios clientes e ameaça botar na cadeia bilhões de pessoas.
Não se aflijam: vai passar. Muitos jovens serão presos porque copiaram alguns MP3, mas a música vai deixar de valer tanto dinheiro quanto vale hoje. Péssima notícia para nós, os compositores profissionais. Ótima notícia para nós, os artistas que querem simplesmente dizer alguma coisa ao maior número possível de pessoas.

21.12.06

Rick Falkvinge, ex-funcionário da Microsoft, fundou no início do ano o Piratpartiet, o Partido Pirata sueco. Nas eleições de setembro, a legenda obteve 35 mil votos, o suficiente para conseguir uma cadeira no parlamento sueco, não fosse a cláusula de barreira local. Mas outros partidos que defendem a descriminalização geral e irrestrita de downloads estão sendo organizados na França, Bélgica, Itália e Espanha, entre outros países da Europa. Esses partidos vêm se organizando para ganhar espaço nas eleições do parlamento europeu, em 2009. A última edição da Superinteressante traz uma entrevista com Falkvinge.

- É praticamente consenso que a indústria fonográfica cobra caro demais pelos CDs. Mas, se como o Partido Pirata propõe, a cópia e a distribuição de músicas forem totalmente liberadas, como as gravadoras vão ganhar dinheiro e sobreviver?
- O modelo de negócio das gravadoras ficou obsoleto. Basicamente, o negócio delas é transportar informações de um lado para outro, usando discos como meio. Acontece que esse serviço perdeu o valor, pois agora qualquer pessoa pode transmitir e receber informações digitais via internet. Se as gravadoras conseguirem mudar e oferecer alguma coisa que tenha valor dentro da nova realidade, vão sobreviver. Caso contrário, vão acabar – da mesma maneira que, ao longo da história, setores inteiros da economia foram extintos pela chegada de uma nova tecnologia.
Mas, na realidade, esse debate não importa. O que realmente está em jogo é o seguinte: hoje, as violações dos direitos autorais acontecem na esfera privada. Não há qualquer diferença entre os bits que formam uma música e os bits que formam uma mensagem enviada ao seu médico particular. Tecnicamente falando, eles são idênticos. Então, para defender os direitos autorais, é preciso monitorar todas as comunicações privadas. A questão não é “os artistas devem ser pagos quando eu mando músicas para os meus amigos?” Na verdade, a pergunta é: “Os artistas devem ser pagos, mesmo que para isso todas as comunicações privadas tenham de ser abertas e examinadas pelo governo?” Porque essa é a conseqüência. A única maneira de preservar os direitos autorais, como eles são hoje, é abolir a privacidade e criar um estado policial. Os piratas entendem isso. Os políticos não. É loucura sacrificar um dos pilares da democracia (a privacidade nas comunicações particulares) para proteger o modelo comercial desatualizado da indústria do entretenimento.

- Mas a privacidade na Internet é um direito absoluto? Ou existem situações em que ela deve ser quebrada, como o combate a terroristas e à pornografia infantil?
- Nós não achamos que a privacidade deva ser absoluta. Mas ela tem que ser a norma da sociedade. O governo pode violar a privacidade dos suspeitos de crimes graves. Mas não pode violar a privacidade de todo mundo, todo o tempo. Quem não é suspeito de crimes graves (para os piratas, download de música não é crime) deve ter a sua privacidade defendida.

19.12.06

Faça como Jean-Claude Bernardet: assista Cinema Marginal.

P.S. Quem entender ganha um doce.

1.12.06



Clique na imagem para ampliá-la (e conseguir ler o texto).

Se você é um vagabundo(a) desocupado(a) que não tem nada melhor pra fazer, os fatos ocorridos em Belém, na visão da igreja do INRI, e várias fotos, podem ser vistos aqui.

25.11.06

A morte do Dr. João Pessoa

GOVERNAR sempre foi, em todos os tempos, um duro officio. O exercício da autoridade paga um tributo pesado. É que a encarnação do principio de autoridade exige, em muitas circumstancias, como deveres indeclináveis, a resistência inquebrantável e a opposição inflexível a todos os actos que a desafiam, a enxovalham ou a diminuem.
Se ha um exemplo impressionante de quanto o cumprimento desse dever de prestigiar a autoridade pode expor o governante aos perigos truculentos da ira, esse exemplo nos é dado pela carreira do presidente da Parahyba, trucidado pela vindicta implacável de um adversario.

Quando, a 22 de Outubro de 1928, o presidente João Pessoa assumiu o governo da pequena Parahyba, o que o esperava? A regência de um Estado com menos de quinhentos mil réis em cofre, devedor de quatro meses de honorários aos seus funccionarios, com o seu progresso paralysado pelas angustias de uma situação financeira deplorável, com os sertões infestados por uma turbulência intimidativa e bellicosa. E todos vimos esse homem devotar-se com uma abnegação austera e arrebatada á missão de sanear a administração, de disciplinar a anarchia, de abrir escolas, de construir estradas, de subordinar a um critério severo de ordem, de methodo, de previdencia o exercicio da alta magistratura política de que estava investido. Nada deixava então prever que esse governador exemplar, empenhado em bem administrar, absorvido na tarefa de concertar as finanças avariadas, de pagar os credores, de amortisar e liquidar emprestimos, de inaugurar uma phase constructiva no governo da pequena Parahyba, ia ser precipitado numa luta politica e acabaria prostrado por um inimigo, como um tyranno.

Os commentarios que esse epílogo funesto e imprevisto poderiam inspirar, como antecipação dos que a Historia lhe reserva, já se acham conclusos, nem esta revista seria, pela sua indole, a mais apropriada para os recapitular. Por mais accesas que sejam as paixões nos dois campos em que se degladia a politica nacional, não pode haver quem não se incline com respeito perante, a memoria desse heroe cívico, fulminado no seu posto, victima do seu dever, e quem não condemne como um ultraje á civilização brasileira a solução homicida que tão tragicamente personifica na sua iniquidade os elementos de desordem e de rebellião, cujas bandeiras de anarchia são um arrogante desafio ao principio da autoridade.

As photographias que reproduzimos nesta pagina evocam a hora culminante da carreira politica do mallogrado presidente da Parahyba, quando o dr. João Pessoa veio ao Rio de Janeiro, onde se encontrou com o presidente do Rio Grande do Sul, dr. Getulio Vargas, para a leitura da plataforma em que se expunha ao pais o programma de governo dos dois candidatos da Alliança Liberal.

Ainda então não se manifestara a dissenção politica que collocou o governo da Parahyba perante o desafio e a ameaça de uma rebellião interna, que ali criou um estado de guerra. O dr. João Pessoa vivia o periodo exaltante em que a sua obra de administrador era tida e apresentada como um modelo. O prestigio que envolvia o seu nome não despertara ainda quaesquer clamores de antagonistas feridos pela opposição de sua autoridade, e ninguem poderia prever o desenlace que o destino preparara para o magistrado-estadista, para o saneador das finanças da Parahyba, para o reorganisador exemplar dos serviços publicos. Não tinham sido ainda postas á prova as proeminentes capacidaes de lutador — aliás peculiares á sua familia — de que era dotado aquelle varão, que a fatalidade ia arrancar ao labor pacifico de administrador do pequeno Estado natal e transformar no energico paladino do principio de autoridade, compellido a sustentar uma luta armada e a improvisar um exercito, sem que o seu animo desfallecesse perante os obstaculos que se multiplicavam e que, ao mesmo passo que lhe embaraçavam a acção voluntariosa, faziam sobresair a varonil firmeza da sua attitude.

A consternação que a sua morte imprevista espalhou no pais e a exasperação que caracterizou as expansões de grande parte do povo parahybano ao ter conhecimento do crime que o privara do seu chefe resoluto, certificam com eloquencia maior que a da phraseologia dos necrologios a perda que importou para a nação o anniquilamento dessa vida.

Publicado na revista O Cruzeiro de 2 de agosto de 1930
Fonte: Memória Viva

19.11.06

Andróides não têm nome, têm número. E todo mundo chama seus andróides pelo tal número, menos eu, que tenho o estranho hábito de batizar minhas namoradas ginóides. A primeira foi Ana Dróide, de quando era adolescente e tinha um péssimo gosto pra trocadilhos.
Um belo dia THX-2001 quis saber, enfim, porque a batizei de Angelina.
- Você é uma cópia extremamente fiel de uma atriz de cinema americana do início do século, Angelina Jolie. Ela fez uns filmes muito bons, como Alexandre e o excepcional Tomb Raider.
- Ah... e você, por que te deram esse nome?
- Eu? Ah, senta que lá vem história. Minha bisavó conhecia um cara que se chamava Fernando Antônio. Na verdade, ela gostava dele, entende? Como eu gosto de você. Só que aí, por motivos não muito claros, ela acabou casando com meu bisavô. Essa minha bisavó, já bem velhinha, contou essa história pra minha mãe. Segundo minha mãe, ela disse que nunca esqueceu esse Fernando Antônio e nunca conseguiu ser plenamente feliz com o marido. A minha mãe foi a primeira e única pessoa pra quem ela contou aquele segredo. Minha mãe achou essa história tão bonita que acabou resolvendo homenagear o tal Fernando, botando seu nome no filho dela.

15.11.06

- Angelina, você gosta mesmo de mim?
- Claro que sim, Fernando.
- O que você viu em mim?
- Você é austero.
- ?!?!?!?!
- ?
- Austero? Tanta coisa que você podia achar de mim. Bonito, inteligente, tesudo, sexy, bom de cama, bom de papo, gostoso, atraente, formidável, interessante, broto e você me diz que eu sou austero?!
- Mas...

Procurei ficar calmo e mudei de assunto pra tranquilizar a pobrezinha. Podia dar curto-circuito.

13.11.06

O primeiro amor de Angelina foi André. André, o andróide, teve um triste fim. André era um andróide vagabundo. Desses que nem à prova d’água são. André também era um idiota. Um belo dia, André mergulhou na piscina. Queria se exibir pra Angelina. Achou que nada aconteceria. Estrebuchou na frente da pobrezinha.

11.11.06

Há algo de ingênuo e de submisso nas ginóides que me atraem muito. As mulheres são metidas, arrogantes, independentes. E interesseiras. A maioria só sai com quem tem nave própria - as maria-hidrogênio. Como as mulheres hetero são cada vez mais raras (7%, segundo o último censo do IBGE), elas abusam do direito de fazer os homens de gato e sapato. Como é pouca fêmea pra muito macho, a poligamia virou prática não só aceita pela sociedade, mas incentivada. Isso faz com que muitos ainda consigam arranjar mulher. Eu não. Tô nem aí. Meu negócio é ginóide. Não são complicadas, não dão trabalho, não dão prejuízo, não traem, não pedem flores, não reclamam se você não ligar no dia seguinte.
E depois da produção independente, aí é que as mulheres ficaram se achando. Dizem que a gente tá em desuso.
Mulheres, quem precisa delas? Mulher é coisa do passado. Mulher é pra otário. Meu negócio é ginóide.

8.11.06

Humanos que mantêm relacionamentos sérios com ginóides não são bem vistos pela sociedade.
As ginóides são fabricadas, em tese, apenas para a realização de tarefas domésticas. Mas, hipocritamente, têm outra função - bem diferente. A pele sintética, o rosto e os seios cuidadosamente trabalhados, cabelos reluzentes e vaginas térmicas e vibráteis revelam as segundas intenções dos fabricantes. Angelina é perfeita. Aliás, minto: ela não pode estalar os dedos.
Angelina é minha namorada. Eu a chamo assim por causa de uma atriz de cinema do final do século passado e início deste. Angelina tem a boca de Angelina Jolie, os peitos de Angelina Jolie, os olhos verde-mijo de Angelina Jolie.
As indústrias logo perceberam que podiam ganhar fortunas com a incapacidade dos nerds pra arranjar mulher associada à escalada do homossexualismo feminino. As ginóides são uma mistura de empregadas domésticas com aquelas bonecas infláveis que a gente vê nos livros de história. São isso. Mas são muito mais que isso.
Vou falar do meu primeiro amor. Vejam como não é de hoje minha quedinha por ginóides. Minha primeira paixão foi Ana. Ana Dróide. Meu pai comprou Ana Dróide pra tirar a minha virgindade - embora tenha dito à minha mãe que foi pra lavar roupa. Começar a vida sexual com ginóides é uma tradição. “Pratique com um robô pra ganhar experiência”. Acontece que, pra decepção do velho, eu me apaixonei por Ana Dróide e fiz dela minha namorada. Coitado do meu pai. Sabe como é pai, né? Sempre acredita na regeneração dos filhos. Portanto imaginem eu chegar pra ele agora e dizer que novamente estou apaixonado por uma ginóide?

6.11.06

Cemitério maldito
...o pai dele tava... tava tomando banho... o gato apareceu na... na janela lá do... do... do banheiro... ele tava tomando banho na banheira... ele pulou dentro e rasgou o... o... o pai dele todinho num matou não... só fez arranhar né?... depois ele pegou um cabo de vassoura... meteu no gato e o gato foi embora...

Explicação:
Admite-se que a correlação entre marcação estrutural, marcação cognitiva e baixa freqüência de ocorrência é o reflexo mais geral da iconicidade na gramática, dado que representa o isomorfismo entre correlatos substantivos (de natureza comunicativa e cognitiva) e correlatos formais da marcação.

3.11.06

Flora abandonou o curso de direito na universidade federal. Non scholae, sed vitae discimus. Tem 21 mas parece 16. Foi duas vezes à Europa. Aprecia cinema, música, quadrinhos, literatura. E línguas. Toujours. Mora sozinha. Gosta de jogar pôquer e conversar com amigos de toda parte do mundo. Vícios? Está tentando largar o cigarro com acupuntura. Namorado? "Tenho". Ele não sabe? "Não". E se ele descobrir? "Azar o dele, não é?" Fora as roupas isso foi tudo o que consegui arrancar dela até deixar sua casa ontem às 4h30. Pra mim foi 150 mas ela disse que já chegou a cobrar 800. Talvez seja mentira. Talvez ela nem se chame Flora. Muito menos Nana, como está no anúncio. Provechoso? I never felt anything like that before, man.

2.11.06

Eu não gosto muito dessa coisa de "você não pode perder", mas o convidado do qudro Residência do Recorte Cultural essa semana é João Moreira Salles.
Você não pode perder.

A maior vitória de Lula foi no Amazonas, onde teve 86% dos votos. O engraçado é que a maior derrota dele foi ali do lado, em Roraima, onde conseguiu módicos 28%. Não é curioso?