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9.9.08

Quando a noite está vindo e a terra está escura e a lua é a única luz nós vemos não eu não vou ter medo não eu não vou ter medo já que você está a postos por mim, a postos por mim e querida, querida, a postos por mim, oh, agora, agora, a postos por mim, a postos por mim, a postos por mim se o céu que nós olhamos acima deve desmoronar e cair e a montanha deve esmigalhar-se no mar eu não vou chorar, eu não vou chorar, não, eu não vou choupana uma lágrima já que você está a postos, a postos por mim e querida, querida, a postos por mim, oh, a postos por mim, a postos por mim, a postos por mim, a postos por mim, quando quer que você está em problemas você a postos por mim, oh, agora, agora, a postos por mim.

5.9.08

Capitão Soares

Não só já tinha ouvido falar como lido sobre os piratas especializados em filmes (vá lá o termo) de arte em João Pessoa. Parecia uma boa, já que tenho preguiça pra baixar filmes, ou melhor, procurar, ir atrás de legendas, codecs etc.

Mesmo assim ainda não tinha ido atrás dos tais camelôs, talvez porque eu já adquira filmes numa velocidade maior do que os assisto (Old Boy tá dentro da caixa desde o começo de 2007) ou por pura preguiça mesmo.

Foi quando resolvi ir atrás de um filme que só vi um pedaço, há um certo tempo, na antiga TVE, sobre Castr00 Alves. Então fui lá. O cara fica numa escada (numa ESCADA), ao lado do Terceirão, por trás do HSBC. Esses piratas não fazem questão nenhuma de esconder seus tesouros.

E não é que tem BASTANTE coisa lá mesmo? Logo de cara, tudo (ou quase) de Glauber Rocha. Até o raro Barravento, seu primeiro longa, e o polêmico (até para os padrões glauberianos) A idade da Terra. Mas acabei levando Kika (Ver a filmografia completa de Almodóvar, essa novela que eu tenho fé que um dia acaba), Touro Indomável e o documentário Rio de Jano.

E sem Castro Alves, que deixei encomendado. No retorno, recebo a notícia de que ele não conseguiu o filme, o que nos leva a Soares.

Soares está ancorado na Duque de Caxias, ao lado da Emmanuele, de frente pro Ponto de Cem Réis. Um lugar altamente movimentado.

Quando descobri Soares percebi que o Escadinha era café pequeno. Ele não só tem acervo e clientela maiores, como fiquei sabendo (o fato procura o bom repórter como a bola procura o craque) que é ele quem fornece pro Escadinha.

E eu ainda não toquei num ponto importante: o preço. 5 reais qualquer DVD, em um ou em outro. Presenciei uma senhora reclamar do valor e Soares me sai com esta pérola: "Aqui só tem filme do tempo da péda e quanto mais antigo mais caro", com uma expressão no rosto de "Se não quer, tem quem queira."

No caso, eu, que mais uma vez não resisti e comprei Os incompreendidos, primeiro filme de Tr00faut.

Soares tem até funcionário. E é tão profissa que ainda bota o número do telefone no DVD. Se a pirataria fosse legal, Soares seria o homem do ano.

Aliás, esse ramo da pirataria cult é promissor. Sei que tem um cara nesse mesmo esquema atuando no Centro de Passagem, ao lado da C&A, o qual não conheço. Ainda.

Um negócio alimentado por pessoas que, como eu, não dominam o processo de baixar filmes em casa. E ainda tem a vantagem de vir com capinha, o contato humano, a experiência sociológica... Quem quiser se aventurar, o mapa está dado.