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20.4.07

Nessa parte de Nova Orleans sempre se está próximo de uma esquina e sempre se ouve, algumas portas abaixo, na rua, o som de estanho de um piano tocado com a apaixonada fluência de dedos escuros. Esse piano toca blues e expressa o espírito da vida que se leva nesse lugar.

Há qualquer coisa em relação às suas maneiras e em relação às suas roupas claras que lembram uma mariposa.

STANLEY: Eu não me incomodo com essas bobagens.
BLANCHE: Que bobagens?
STANLEY: Elogios. Mulheres. Nunca encontrei uma mulher que não soubesse se era bonita ou não, sem precisar que lhe dissessem, e algumas delas julgam-se mais do que realmente são. Uma vez, saí com uma que costumava dizer: "Eu sou o tipo glamour". E eu respondi: "E daí?"
BLANCHE: E o que foi que ela lhe disse?
STANLEY: Não disse nada. Se fechou como uma ostra.
BLANCHE: E acabou o romance?
STANLEY: Acabou a conversa - apenas isso. Alguns homens são apanhados por esse negócio de fascinação de Hollywood, e outros não.

BLANCHE: O senhor é simples, direto e honesto, pendendo um pouquinho para o lado primitivo. Para interessá-lo uma mulher teria de... (Faz uma pausa, com um gesto indefinido).
STANLEY: Pôr as cartas na mesa.

BLANCHE: Pois bem, cartas na mesa. Isso me convém. (Volta-se para Stanley) Eu sei que minto muito. Afinal, o encanto de uma mulher é cinqüenta por cento ilusão.

17.4.07

Baseado em fatos reais

- Qual é a história do teu filme mesmo?
- Trata-se da trajetória de um pobre demônio que é maltratado pelo chefe escroto e traído pela mulher.
- Hum. E tu também atua, né?
- Então, descobri que eu sou ator. Não é nem que eu queira. Eu sou e pronto, entende?
- Entendo. E você é o pobre demônio?
- Não. Eu pego a mulher gostosa dele.
- Ah. E já terminou de filmar?
- Não. Tive que parar. Não soube, não?
- O quê?
- Foi no meio de uma cena. Fui sair do carro, enganchei a perna no cinto de segurança e caí de mau jeito. Quebrei o braço.
- Pô, que chato, hein?
- Mas tem nada não. Vou retomar as gravações e terminar o vídeo e ganhar essas porras desses festivais tudinho aí. Pelo que tenho visto, ninguém tem chance contra mim.

14.4.07

Quando Romário nasceu Deus apontou pra ele e disse: "No Botafogo não, mané!"

3.4.07

O que coloca os seres humanos da Ilha das Flores depois dos porcos na prioridade de escolha dos alimentos é o fato de eles não terem dinheiro nem dono.
O ser humano se distingue dos outros animais pelo telencéfalo altamante desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser livre.
Livre é o estado de quem tem liberdade.
Liberdade é uma palavra que o sonho humano alimenta
e não há ninguém que explique
e ninguém que não entenda.

E não há vez que eu veja esse final de Ilha das Flores que eu não me arrepie todinho...