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14.1.15

O Pasquim era foda



Ziraldo vai à casa de Wolinski conversar com ele e o chama de burguês - ofensa equivalente a chamar de filho da puta em 1975 - e este o alfineta de volta. Isso que era entrevista, hoje só tem armazém de secos e molhados.



Ziraldo: Você é essencialmente um desenhista de contestação. Como é que você concilia isso com sua vida extremamente burguesa que eu percebo aqui em sua casa? A ideia que eu tinha de você é que você era um malucão, entende? Um cara largadão. Sim, porque vocês fazem um humor violentíssimo. Não deixam pedra sobre pedra.

Wolinski: Não é verdade. Possivelmente você não lê sempre e com profundidade o Charlie Hebdo.

Ziraldo: Vai falando que eu estou ouvindo. Vai ver, o negócio é mais ou menos por aí mesmo. Ou será que não é?

http://www.memoriaviva.com.br/arquivos/pasquim298_wolinski_marco1975.pdf



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