Às portas da cidade, o Rivaldão, talvez o único ginásio de esportes do mundo que fica embaixo de uma ponte. A ponte com sua bela vista do Rio Espinharas, meio seco ou meio vazio, a depender dos olhos de quem vê.
Patos está mais urbana. Antigas ruas de terra estão calçadas; as calçadas foram asfaltadas e as que já eram asfaltadas, com asfalto novo. Uma das ruas em que morei está simplesmente irreconhecível. Apenas uma casa lá continuava como no meu tempo.
Assim como seu colega de João Pessoa, o prefeito de lá andou reformando e embelezando as praças. Apesar de mais iluminada, a praça do Cepa continua atraindo casaizinhos, bêbados e gente sem ter o que fazer em geral. A escola que fica ao lado ganhou uma pintura cor-de-rosa de gosto duvidoso.
A cidade ganhou um shopping, acanhado, é verdade, mas que tem café, livraria e cinemas – que fecham aos domingos. Já se vêem outdoors, restaurantes de comida chinesa e arranha-céus que chegam a doze andares.
É o progresso chegando à cidade que este ano perdeu a chance de sediar um curso de medicina na universidade federal, mas em compensação virou a capital estadual do futebol e destino turístico consolidado neste final de junho.