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3.6.08

O Correio das Artes, suplemento literário do jornal 'A União', perguntou a algumas pessoas o que elas estavam fazendo quarenta anos atrás.


Bráulio Tavares
(escritor)

Em maio de 1968 eu estava vivendo maio de 1968 com força. Ouvia sem parar o Sgt. Pepper’s dos Beatles, os primeiros LPs de Caetano Veloso e dos Mutantes, além de discos recém-lançados de Sidney Miller e Baden Powell. O Cine Distração, nas manhãs de sábado do Capitólio, exibia para uma platéia lotada de gente filmes como O Processo de Orson Welles e Oito e Meio de Fellini. Juntamente com Jakson e Marcos Agra, eu pegava o ônibus até Recife para ver Blow-Up de Antonioni ou Alphaville de Godard no Cinema de Arte Coliseu, em Casa Amarela. As agitações políticas do movimento estudantil me fascinavam sem me entusiasmar, mas pelo menos me induziram a deixar de lado por alguns instantes Kafka e Aldous Huxley, e dedicar algumas horas por dia a ler os jornais, para saber por que diabo Paris estava em chamas. Uma coisa interessante dessa época era que ninguém fazia livros, mostras, exibições ou festivais cujo tema fosse "1928" ou "1948". O país inteiro não estava, como hoje, relembrando datas ou tentando resgatar uma chama perdida no passado. A melhor maneira de entender o que foi 1968 é viver 2008. Com força.


Outros depoimentos e textos sobre o famoso mês podem ser lidos aqui.

12 comentários:

Anônimo disse...

Fui ao evento que estava ocorrendo no Casarão 34 sobre maio de 68. Uma palestra com algumas figuras da esquerda. Foi bom, muito bom.

Tath disse...

Você tava fazendo o quê? heuhue

Eu era inexistente até como projeto de gente.

Bruno R disse...

Po, Isabella! Eu só soube desse debate depois, fikei puto...

Larissa Claro disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Larissa Claro disse...

Então, o livro da Cláudia é assim: uma hora você quer chorar, noutra você morre de rir.

Patos tem uma livraria, sim, a Nobel. Eu, por acaso, também já entrei, mas você já experimentou comprar alguma coisa lá?

Detesto fazer compras pela internet. Só fiz uma vez, num sebo do Rio Grande do Sul. Um livro difícil pra caramba. No final, a figura que recebeu o livro de presente nem mereceu tanto esforço. :/

Adoro Bráulio Tavares. Vi uma palestra com ele em Campina, num desses encontros para a nova consciência. Nem lembro mais do que se tratava, mas lembro que fui pra casa impressionada com tanta sabedoria.

::: Luís Venceslau disse...

Esse Bráulio gosta de fazer inveja.. Mas o bixo o cara mesmo. Além de responder pessoalmente os emails q recebe.

Isabella Araújo (Zabella) disse...

Estive no melhor do meia boca.
Terminei de ler os posts e fiquei com gosto de quero mais... ;)

Anônimo disse...

Dia Internacional do Comentarista de Blogs

Chilavert disse...

o link pra o blog de luis tá errado, porra.

::: Luís Venceslau disse...

Tá errado mesmo. Ainda estou no BLOGGER, o antigo. Esse outro não começou ainda.. =p

Tath disse...

Imagina! Tô enjoada de viver de seg à seg há 22 anos.

Tath disse...

hahahaha É a roupa. A garota é tão fofa quanto eu.

Abandonou aqui?

Bjo, Blunix.