Pesquisar este blog

6.11.10

Muita gente tem exaltado o fato de Dilma ser "a primeira mulher presidente do Brasil". Tenho duas coisas a dizer sobre isso.

1) Pra mim o fato de ela ser mulher não fede nem cheira. As pessoas que votaram nela por ela ser mulher comemorariam, por exemplo, se nossa governante eleita fosse Roseana Sarney? Uma mulher, simplesmente por ser mluher, vai defender bandeiras femininas, vai "olhar mais pelo povo", esse tipo de coisa? Não. Claro que o sexo pode até pesar em uma coisa ou outra, mas dissociado de um projeto, uma biografia etc., não significa muito.

2) Essa mesma galera reclama de a porcentagem de mulheres eleitas tanto pra cargos executivos quanto legislativos não ter aumentado (e parece até que deu uma diminuída nestas eleições). Bem, e qual a porcentagem mulher/homem entre os candidatos em geral? Observo que não divulgam muito e duvido que seja diferente. Se menos mulher se candidata, menos mulher é eleita. Não vejo discriminação. Não vejo mais mulher governando em regiões mais ricas do que nas mais pobres, e por aí vai. O resto é factóide. :P

Continuação do "2": A explicação, pra mim, é simples, talvez simplória, talvez sexista... O fato é que me parece haver um interesse maior pela política (strictu e lato sensu) por parte de quem tem colhões. Pegue qualquer chapa de CA ou de DCE e vejam a proporção. Se em micro-campanhas os homens já são maioria, por que lá em cima seria diferente? Enquanto os marmanjos vão atrás de voto as mulheres estão fazendo outras coisas - não, não vou falar "lavando roupa ou cozinhando"... -, algumas delas, de muito mais futuro do que a política eleitoral-partidária. Tem muita mulher fazendo coisa massa em ONGs, movimentos sociais e por aí vai, pegando no pesado enquanto os homens (não quero generalizar) tendem a gostar dos holofotes, discursar, esse tipo de coisa.

É isso. Não tenho muito argumento. Me ajudem aí.

Um comentário:

.ailton. disse...

concordo.