Pesquisar este blog

21.2.12

Linguagens, códigos e suas tecnologias

Sempre foi esquisita. Quando desconfiava de mim pedia para ler o meu pé esquerdo - nunca o direito, que seria sonso. Assim a quiromante de membros inferiores descobria minhas puladas de cerca. Maldito pé esquerdo.

Ao que se seguia longas brigas sermões DR eu vou te deixar eu vou te deixar eu sempre fui fiel você não me dá valor

A ironia é que quem a deixou fui eu. Porém, um dia, uns três anos depois, sonhei com ela e senti saudades. Liguei. O número já não era dela. Escrevi. Nada. Insisti, disse que ela podia me mandar tomar no cu, catarse ruim era melhor que catarse nenhuma. E aí veio a resposta.

Nenhuma palavra.

Mas imagens, sim.

Isabel mantinha um diário em forma de história em quadrinhos. Sem texto, só datas. Pornografia em aquarela. Descobri que me traía semanalmente, religiosamente. Como a filha da puta pôde me esconder tanto tempo que desenhava tão bem?

Um comentário:

Anônimo disse...

legal.

ailton