É impressionante quando algum aluno, limitado para certas tarefas, consegue surpreender em outras, a principio bem mais complexas.
Você pede à aluna para responder uma questão simples sobre Morte e visa severina, e ela me entrega um poema baseado na saga do retirante, que, a despeito da falta de refinamento (não há métrica, evidente), é imaginativo (é curiosa a mudança de foco narrativo na enigmática última estrofe, por exemplo), tem força intuitiva, além de ser uma fofura. Confiram.
Severino da Maria
Em busca de trabalhar
Com uma viagem árdua
Dias e noites a andar
Buscando vida famosa
Sonhando na terra luxar
Enfrentou terra esturricada
Defunto a enterrar
Passando por toda a Caatinga
Nada encontrou para se alimentar
Durante toda a viagem
O que fazia era resmungar
Chegando à cidade grande
Só decepções encontrei
Descobri que aqui na terra
Cada um vale o que tem
Se alguém falar na morte
Eu com a minha sorte
Vivo morto me encontrei
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário