
Hoje é dia de luto. Vai ao ar às 20h30 a última edição do Re-Corte Cultural, uma das melhores coisas que surgiram na TV brasileira nos últimos tempos, sem dúvida.
O programa comandado pelo apresentator Michel Melamed é a mais recente vítima da reformulação da TV Brasil. Mudança que começou logo com o nome, saiu o pejorativo "educativa" e foi adicionado esse Brasil, indicando, claro, como esse governo é plural. Um país de todos, uma TV de todos?
Querem deixar a emissora popular, na marra, mas desprezam o fato de quem quer ver TV comercial vai ver TV comercial! Antes do Re-corte, dançaram o "Espaço Público" e o "Cadernos de Cinema". O primeiro, um programa de debates; o segundo tinha um deabte após a exibição de um longa nacional. "Debate", essa palavra que deve soar tão mal aos ouvidos dessa galera que assumiu a TV quanto "educativo".
Sinto que em vez de se popularizar, a TV Brasil corre o risco de perder é o público que tinha, que se acostumou à um canal modesto-porém-honesto, e não conseguir atrair uma nova audiência.
O Re-corte, além de elogiado por Deus e Dedéu, conseguiu criar e manter um público fiel. Do contrário 422 pessoas não se preocupariam em ler este modesto ensaio...