A bala, ou projétil, parte, ou sai, do fuzil, ou arma. Quando o homem, ou soldado, ouve ou escuta, o silvo, ou ruído, da bala ou projétil, joga-se, ou atira-se, por terra, ou chão. Com numerosas variantes ouvi essa técnica de defesa ou proteção, que o infante, ou praça, devia empregar, ou usar, ao primeiro sibilo de refrega, ou combate. Era deitar imediatamente e contra-atacar dessa posição, tentando de todos os modos exterminar, ou matar, o inimigo, ou adversário. Devia-se mirar cuidadosamente o crânio, mandar bala no dito, e se a distância era grande, não permitindo requintes de pontaria, tentar-se-ia acertar no centro, ou meio, da silhueta, ou vulto, e destarte, ou assim, era certo, ou seguro, atingir, ou ferir, o abdome, ou ventre.*
*Trecho de Chão de ferro, livro de memórias de Pedro Nava, onde o autor relembra uma instrução militar que recebeu de um capitão que gostava de falar difícil e usar pares de sinônimos. Quem é da Zero Zero Um vai lembrar de Custódio.
28.7.09
26.7.09
João Pessoa havia deixado a Paraíba,
- Informava A União sobre a partida.
João Dantas, ferido no orgulho,
Do rival foi atrás. Era 26 de julho.
“À vizinha metrópole do Sul” fôra o Presidente
Visitar um amigo, que estava doente.
Porém o jornal oficial
Disse mais do que precisava,
E o mal, sem saber, antecipava:
O governante, quando em Recife,
Tomava chá na confeitaria.
Era a pista que ao patife faltava
Pra cometer a covardia.
A União (Que ironia!) deu a deixa ao assassino,
Que deve ter pensado:
"É hoje que eu mato aquele filho da puta!"
E na nota do jornal, o vaticínio mortal,
Do que chocaria o Estado:
"A demora do chefe do governo será muito curta."
- Informava A União sobre a partida.
João Dantas, ferido no orgulho,
Do rival foi atrás. Era 26 de julho.
“À vizinha metrópole do Sul” fôra o Presidente
Visitar um amigo, que estava doente.
Porém o jornal oficial
Disse mais do que precisava,
E o mal, sem saber, antecipava:
O governante, quando em Recife,
Tomava chá na confeitaria.
Era a pista que ao patife faltava
Pra cometer a covardia.
A União (Que ironia!) deu a deixa ao assassino,
Que deve ter pensado:
"É hoje que eu mato aquele filho da puta!"
E na nota do jornal, o vaticínio mortal,
Do que chocaria o Estado:
"A demora do chefe do governo será muito curta."
21.7.09
Ego grande
Uma notícia que li ontem no Paraíba1 me fez rir. Sem querer admitir que o Festival de Inverno de Garanhuns é zilhões de vezes melhor que o de Campina Grande, a organizadora do festival campinense, Eneida Maracajá, me sai com esta:
Eneida também rebateu as comparações que vêm sendo feitas na cidade entre o evento de Campina Grande e o Festival de Inverno de Garanhuns (PE), ressaltando que os dois eventos têm objetivos diferentes.
Eneida ressaltou que, na Rainha da Borborema, não há preocupação com festas, mas sim, com a formação cultural da cidade. "Lá, eles não têm festa, aqui temos demais! Campina Grande já está cansada de tanto show. Então, nossa preocupação é com a formação cultural desta cidade, com discussões, reflexões, intercâmbio cultural e troca de saberes. Isso é o que importa: proporcionar o contato da população com outros gêneros", asseverou.
Eneida também rebateu as comparações que vêm sendo feitas na cidade entre o evento de Campina Grande e o Festival de Inverno de Garanhuns (PE), ressaltando que os dois eventos têm objetivos diferentes.
Eneida ressaltou que, na Rainha da Borborema, não há preocupação com festas, mas sim, com a formação cultural da cidade. "Lá, eles não têm festa, aqui temos demais! Campina Grande já está cansada de tanto show. Então, nossa preocupação é com a formação cultural desta cidade, com discussões, reflexões, intercâmbio cultural e troca de saberes. Isso é o que importa: proporcionar o contato da população com outros gêneros", asseverou.
15.7.09
Pensa que Dostoievski é uma unanimidade?
E as descrições! Nada se compara ao nada delas; não passam de superposições de imagens de catálogo, de que o autor se serve cada vez mais à vontade, ele aproveita a ocasião para me passar seus cartões postais, procura fazer-me ficar de acordo com ele a respeito de lugares comuns:
A pequena peça na qual o jovem foi introduzido era atapetada de papel amarelo: havia ali gerânios e cortinas de musseline nas janelas; o sol poente lançava sobre toda ela uma luz crua... O quarto nada encerrava de especial. Os móveis, de madeira amarela, eram todos muito velhos. Um sofá com um grande espaldar virado, uma mesa de formato oval em frente ao sofá, um toucador e um espelho encostados num vão de parede entre duas janelas, cadeiras ao longo das paredes, duas ou três gravuras sem valor, representando moças alemãs com pássaros nas mãos – eis a que se reduzia o mobiliário. (Crime e castigo)*
* André Breton - Manifesto do Surrealismo
A pequena peça na qual o jovem foi introduzido era atapetada de papel amarelo: havia ali gerânios e cortinas de musseline nas janelas; o sol poente lançava sobre toda ela uma luz crua... O quarto nada encerrava de especial. Os móveis, de madeira amarela, eram todos muito velhos. Um sofá com um grande espaldar virado, uma mesa de formato oval em frente ao sofá, um toucador e um espelho encostados num vão de parede entre duas janelas, cadeiras ao longo das paredes, duas ou três gravuras sem valor, representando moças alemãs com pássaros nas mãos – eis a que se reduzia o mobiliário. (Crime e castigo)*
* André Breton - Manifesto do Surrealismo
13.7.09
A Praça da Paz é a praia dos Bancários
A lua começa a esvaziar, mas compensa a parte oculta pela sombra com um brilho incomum. Uns garotos transformam uma garrafa de vinho barato (tão barato que a garrafa é de plástico) em bola. Outros, um pouco mais velhos, escutam o forró (também de plástico, também barato) que sai dos alto-falantes de um carro. Crianças brincam. Duas moças conversam. Casais, vários casais. Um homem corre e sua. Outro homem olha a lua.
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